Inscrições para a Etapa I 2012 - Local ?????

Categoria Especial
x
Primeira Categoria
<>
Categoria Feminina

30 março 2008

Email ao Robgol

Exmo. Sr. Deputado Robgol,

Ao tempo em que agradeço, em nome de todos os patinadores e patinadoras aggressive in line (radicais) e familiares, o esforço no sentido de aprovar a Lei da Bolsa Talento, solicito o especial obséquio de remeter, mesma via, uma cópia do texto da lei para divulgação em nossa Revista Eletrônica (blogspot).

Aceite um grande abraço da galera da Associação Paraense de Patinação Aggressive In-line - AAGIL.


Fernando Rabelo de Souza
Presidente da AAGIL



(documento divulgado http://aagil.blogspot.com/ )

Aprovado Projeto da Bolsa Talento

Está de parabéns o Estado do Pará. Foi aprovada a Lei do Bolsa Talento. Vamos atrás do texto da lei e sua regulamentaçã para saber se há vaga lá para a galera do Agrressive In Line.
Vejam a notícia oficial: http://www.alepa.pa.gov.br/noticias1.asp?cod=2262

29 março 2008

A metodologia de trabalho que gerou a AAGIL

Houve um longo período da minha vida em que trabalhei como empregado, algo em torno de 32 anos. A empresa onde trabalhei nos últimos 22 daqueles anos era muito sofisticada e sempre ministrava cursos aos seus funcionários. Éramos cerca de 3.000 pessoas espalhadas por nove capitais brasileiras, a maioria já formada em algum curso de terceiro grau, muitos com boa experiência de vida e em trabalhos anteriores.

Aconteceu que com o passar do tempo, após o fim do último período ditatorial no Brasil, advento da informática de usuários, etc. o discurso daquela empresa nos eventos de treinamento foi mudando. Além de cursos meramente técnicos foram incluindo temas motivacionais, criatividade e interesses. Temas já antigos na área de desenvolvimento de pessoas, mas que para mim eram novidade.

Pois bem, uma das afirmações que vi surgir no contexto de treinamento era de que o dinheiro não era fator motivador para o trabalho, o que eu traduzia para o entendimento de que as pessoas não trabalham por dinheiro, coisa que eu não podia concordar. Para mim, naquela época, era absurdo. E meus professores insistiam dizendo que salário não era motivador para o trabalho, mas que a realização do trabalho podia sê-lo.

Minha experiência posterior àquele período, já como voluntário em trabalhos de organização desportiva, foi que me fez entender e aceitar aquela afirmação. Uma dessas experiências foi justamente o resultado do estudo que fizemos naquela comissão de inliners. Na medida em que o trabalho avançava crescia, também, o interesse dos quatro em achar saídas para o esporte e, embora eu jamais tenha tido dúvidas de que dinheiro é fundamental numa atividade desportiva, a simples vontade, o acreditar que se é capaz, o querer fazer são mais importantes ainda.

Olhando hoje, numa retrospectiva, identifico três momentos bem distintos daquele trabalho memorável.

Começamos com uma abordagem inicial das informações que dispúnhamos sobre legislação desportiva e administração. Houve ocasiões em que apenas conversávamos sobre o modo de se organizar o esporte de acordo com a lei. Aqui eu contribuí compartilhando alguns saberes e experiência que tive na área de administração, inclusive com uma das abordagens que gosto de fazer sobre mazelas administrativas brasileiras recentes que é “explicá-las” em termos de nosso longo passado colonial-escravista.

Nada teria sido feito, porém, no grupo de estudos se não fosse a inteligência e interesse dos participantes, mesmo os eventuais, em tirar o agg inline paraense da estagnação em que se encontrava. A mim, que mal me equilibrava sobre os patins, coube a felicidade de compartilhar o pouco que sabia sobre procedimento técnico que poderíamos adotar para estabelecer as prioridades da entidade que criaríamos.

Posteriormente fizemos levantamento de todos os problemas que conseguíamos identificar na patinação aggressive inline paraense. Como se pode ver, foram e continuam sendo questões de grande interesse tanto para o agg in line quanto para qualquer esporte:

1. Carência de apoio aos atletas;
2. Deficiência na divulgação do esporte;
3. Desinteresse dos atletas pelas questões organizacionais;
4. Deficiência na elaboração de calendário de eventos;
5. Dificuldade financeira para adquirir materiais e equipamentos;
6. Deficiência no conhecimento técnico sobre como são feitas as manobras;
7. Deficiência na estrutura para evolução de atletas;
8. Pouco conhecimento das regras de arbitragem;
9. Relação difícil entre atleta e família;
10. Carência de informação aos atletas;
11. Carência de seriedade de atletas.

Esse foi, então, um dos resultados visíveis daquele trabalho. A parte invisível foi o estabelecimento de deliciosa amizade entre nós e de um compromisso tal que era como se tivéssemos recebido uma missão. O Emerson “Chorão”, por exemplo, durante suas patinadas, não perdia uma oportunidade de convidar pessoas para a tarefa de “lutar pelo inline”, coisa que faz até hoje e, segundo dizem por aí, convida até as possíveis namoradas para participarem das reuniões da AAGIL. Além disso, alguns outros participantes eventuais foram se motivando para se associarem à causa e contribuir com novas discussões e idéias.

Até ali ainda pretendíamos criar uma entidade de administração desportiva estadual, uma federação. Na medida em que estudávamos as questões, porém, foi se tornando clara para todos a convicção de que não era o momento, ainda, de criar entidade em nível de federação ou liga estadual. Era muito cedo para tal, o conjunto dos praticantes ainda não se mostravam suficientemente engajado, os poucos interessados eram todos de Belém, avaliamos. Bastava uma entidade de prática, ainda que com abrangência estadual.

Num terceiro e último momento analisamos os problemas e estabelecemos hierarquia entre eles em termos da urgência de solução, vale dizer, ordenamos os problemas colocando nos primeiros lugares aqueles que a análise indicara como sendo os que precisavam ser abordados logo no início da atividade da associação. Aliás, para que nosso trabalho tivesse alguma garantia de continuidade o conjunto de fatos problemas tiveram suas soluções constituído, posteriormente, entre outros, os objetivos formais da entidade que veio a ser criada.

21 março 2008

O núcleo de estudiosos

Então, continuando, marcamos e fizemos várias reuniões no primeiro semestre de 2005, totalmente abertas ao público. Nestas reuniões eu sempre fazia preleções sobre o sistema desportivo e as tais palavras chave da administração. No decorrer dos trabalhos o grupo se autodenominou Comissão pró Fundação da Federação Paraense de Patinação Aggressive In Line. Estabeleceu-se um cronograma e a Comissão se reunia todas as quintas feiras, às 17 horas, na Academia de Capoeira Cambará, Av. Alcindo Cacela 4092, entre a Travessa Padre Eutíquio e a Rua Apinagés, Bairro da Condor.

O nome que adotado denunciava a intenção de prover o aggressive inline paraense de entidade de administração desportiva em nível estadual como forma de fortalecer o esporte. Acreditávamos e acredito que o esporte fica mais forte tendo uma pessoa jurídica representativa à frente da luta por apoio.

Mas eu sabia que a criação de entidade sem amplo debate, sem participação no período de formação, não promove a legitimidade, as pessoas não sentem necessidade ou vontade de participar da entidade.

Durante as reuniões eu sempre procurei mostrar a estrutura e funcionamento do sistema desportivo conforme previsto na lei e também lembrava sempre as palavras chaves da administração, planejamento, coordenação, direção e controle.

Entre as pessoas que participaram daquelas reuniões formou-se um núcleo, um grupo de quatro pessoas de presença mais constante, que sempre esteve lá e um grupo que comparecia mais esporadicamente e que veio a se tornar mais assíduo já no final daquele primeiro semestre de 2005. O núcleo mais constante era formado por Fernando Rabelo de Souza, Emerson Fernandes Reis “Chorão”, Jorge da Silva Ferreira e André Luiz Áreas Moreno Albuquerque “Ninja”.

"Ninja" (esquerda) em visita ao Campeão Hugo "Tai Chi", examinando parte da premiação do Campeonato 2007 garantida pela SEEL - Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, órgão do Governo do Pará.

É claro que tudo aquilo se inscrevia no processo histórico de organização do esporte no Pará, de modo que todos os patinadores e patinadoras paraenses que antecederam aquele grupo e prosseguiram depois são igualmente importantes. Aqueles quatro personagens, porém, foram os que se sentaram para entender e dar andamento aos acontecimentos e nesse sentido são pioneiros, pois são os que primeiramente decidiram por mãos à obra. A obra era dotar o Pará de estrutura administrativa em nível de federação desportiva.

17 março 2008

AAGIL na mídia especializada

Galera, nós estamos no caminho certo, embora precisemos avançar mais. Animem-se com a citação a seguir, opinião abalizada do Mestre patinaodr Rodrigo Lagoa, numa discussão sobre X-Games:

"Fórum CPI
Exatamente...
publicada por Lagoa dia 27/11/2007 ás 19:16:29

nao temos um representante oficial, uma entidade nada disso. temos que seguir o exemplo da galera la do PARA!!!!
jkah tao com associacao atuante, e nao so atuante mas como patrocinada. e toda vez que alguem procura saber sobre o patins inline la na regiao encontra sobre o trabalho a AAGIL.

é isso que precisamos aki. precisamos de alguem que possa fazer essa frente. ..."

Na verdade nós não somos patrocinados, mas recebemos apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer - SEEL, do governo do Estado do Pará, a quem muito agradecemos



A experiência paraense na administração desportiva do Aggressive in Line – A primeira reunião

Foi lá pelos meados da década de 90 que vi, com grande espanto, pela primeira vez, um par de patins inline. Ele pertenceu a uma de minhas filhas e foi, depois, completamente destruído por um dos meu filhos, de tanto usar.

Já eu mesmo sou patinador bissexto. Cheguei a andar naqueles de rodinhas paralelas duas a duas, no parque da cidade, em Brasília, na década de 80. Posteriormente fiz algumas incursões no inline, mas só recentemente, a coisa de um ano, já como presidente da AAGIL e em razão do cargo, passei a praticar o básico do básico em mini rampa, usando um inline velho que foi de meu filho.



Têm razão, portanto, aqueles que logo no início da criação da AAGIL já foram criticando dizendo que eu não era do inline. Não era e nem sou do inline, apenas. Sou do esporte, gosto e pratico por puro lazer mais de um, mas minha especialização é Capoeira da qual sou profissional de ensino provisionado pelo Conselho Federal e Regional de Educação Física e árbitro formado pela Federação Internacional dde Capoeira - FICA.

Essa formação requereu algum estudo da legislação desportiva brasileira, coisa que comecei a fazer em 1994 quando foi iniciada a criação da federação de Capoeira aqui no Pará da qual sou um dos fundadores e fui dirigente. Em dezembro de 2004, após dez anos de militância na administração daquela modalidade, encontrava-me já em processo de afastamento da atividade desportivo-burocrática quando decidi auxiliar um patinador paraense na estruturação do sistema desportivo do aggressive inline do Pará.

O nome dele, Emerson Fernandes Reis, o “Chorão”, que treinava regularmente no half de madeira que mantenho em minha Academia de Capoeira Cambará. Esse half foi feito para uso de meu filho Hugo Rabelo de Souza, o “Taichi”, e seus amigos, dos quais cobraríamos pequena taxa para ajudar na manutenção da peça.

Ocorreu que em dezembro de 2004 praticamente só o Chorão estava utilizando regularmente o half . Conversávamos eu e ele sentados no flat do half, após uma sessão de treinos dele e ele dizia que achava que o esporte precisava de estímulo, que muita gente parava de patinar por falta de incentivo, que um half daqueles não podia ficar entregue aos cupins e que ele mesmo, Chorão, precisava de algum apoio a mais para continuar treinando. Ali ele treinava de graça, mas precisava de mais apoio.

Eu fiquei sensibilizado com o que ele disse, pois além de ele ser o atleta que era, eu sentia que o half ia acabar se tornando um elefante branco, inútil na minha academia, se nada fosse feito para estimular a prática. E acabou que decidi voltar à administração desportiva, mas no agg inline. Expliquei para ele ali mesmo a estrutura do sistema desportivo no Brasil e pedi a ele que meditasse sobre os termos planejar, coordenar, dirigir e controlar, palavras chave da administração.

Resolvemos que faríamos reuniões de discussão onde eu iria compartilhar meus conhecimentos da matéria e ele trataria de arrebanhar pessoas para a causa e, também, ele se comprometeu a atuar no apoio administrativo, principalmente entregar documentos, que eu sabia ser uma das tarefas necessárias e chatas.

Aquela foi nossa primeira reunião.

09 março 2008

PRIMEIRA INAUGURAÇÃO DA PISTA DO MAREX-PROVIDÊNCIA

Após ano e meio de luta, foi inaugurada, em 08.03.08, em cerimônia dirigida pelo Presidente da Federação Paraense de Skate, Mário Hesketh, a nova e bela pista - Parque Radical de Belém.



O Presidente da FPSK8, Mário Hesketh, viu que a obra era boa e deu um rolezinho descontraído.

Embora o Presidente Mário Hesketh faça questão de reconhecer a colaboração mútua havida entre os vários setores do Skate, Patins e Bike para a construção da pista, ele foi o elemento chave para convencer a Prefeitura de Belém a corrigir o tremendo erro que foi destruir a pista da Duque, única em Belém, sem antes ter construído uma nova.

No ano e meio entre a demolição do parque da Duque e a inauguração que se registra, o Presidente Mário Hesketh convocou reuniões, passeatas de protesto, mais reuniões, pediu e obteve apoio de vereadores, deputados, atletas de todas as modalidades interessadas, enfim, fez um barulho tão grande que a Prefeitura, aparentemente desconhecedora da poularidade dos esportes do Skate, Patins e Bike, não teve alternativa e partiu para a construção da nova pista.



Campeã do Torneio Feminino de Skate, dá entrevista após a prova que inaugurou o Parque Radical

E agora ela está lá, novinha, bonita, acrescentando belíssimo visual às diversas quadras de esportes de bola existentes na praça e mais opções de lazer aos moradores, principalmente jovens e crianças.

- Pô, meu, mas lá no Marex-Providência?

- Cara, voce vai ficar entre aqueles carinhas chatos a quem tudo é motivo de reclamação e chororô?

- Pode ser, mas o fato é que Belém precisa de outras pistas de Skate, Patins e Bike, de modo a atender moradores de todos os bairros.

Quanto ao mais fica aqui o agradecimento ao Presidente da FPSK8, Mário Hesketh, representando todos que de alguma maneira contribuiram para a consecução da obra.

Agachada a Rebeca, em pé e acima o Kapa e o Dan
É de se registrar, também, que estiveram presentes ao evento vários campeões e praticantes de patinação aggressive in line da AAGIL-Raoeira Vídeo-Mini Invasion.

A pista nova possui local para o público. O belo rosto à esquerda, de óculos, é da esposa do Presidente da AAGIL

texto e fotos: FernandoRabelo

CHAMADA PARA CRIAÇÃO DE NOVAS ASSOCIAÇÕES DE AGGRESSIVE IN LINE

Para fortalecer o inline é necessário que haja associações em vários municípios dentro e fora do Pará.

Entre em contato conosco através do e-mail aagil.org@gmail.com e lhe daremos todas as informações para estruturar sua associação local.

07 março 2008

Adiamento da Reunião de 08.03.08

Devido a inauguração do Parque Radical amanhã, sábado, 08.03.08, pela manhã, fica adiada a reunião mensal da AAGIL para 15.03.08 às 16 horas.

06 março 2008

Inauguração do Park radical do Marex



Inauguração prevista para 08.03.07, sábado. Vejam em http://fpsk8.blogspot.com/
Se for necessário, adiaremos a reunião mensal da AAGIL. Avisem-se uns aos outros.

Quem dirige o agg inline no Brasil?

Não sendo o esporte administrado por quem deveria do ponto de vista legal, quem, então, administra o agg inline no Brasil? Na verdade não existe uma pessoa administrando o agg inline no Brasil, mas muitas. O esporte é totalmente pulverizado em termos de administração, cada um fazendo como bem entende o que lhe dá na cabeça, numa espécie de guerrilha maluca, um salve-se quem puder.

É de se lembrar aqui uma sigla importante no cenário brasileiro que é a ASABR que todos pensam estar desativada, mas que esteve presente na organização de uma competição denominada Programa Radical – ProRad. Esse programa foi realizado no primeiro semestre de 2006, envolveu competições de BMX, Moto, Skate, Patins e foi transmitido por canal aberto e por assinatura, a TV Globo.[1]
ASABR pretende ser, então, no Brasil, um braço da ASA americana. Esta última realiza e divulga megaeventos espetaculares de esportes radicais pelo mundo afora. Todavia, não há registro legal disponível e divulgado conferindo à ASABR a prerrogativa de representar no Brasil sua suposta matriz americana.

O envolvimento da ASABR com a organização do ProRad transmitido pela Globo, todavia, ilustra o fato de que as empresas de comunicação têm papel importante na condução do destino do agg inline no Brasil, como, aliás, ocorre em relação a todos os esportes. A Rede Globo mantém uma página denominada Globo.com onde disponibiliza informações sobre esportes radicais, entre outros. Embora o aggressive inline do Pará tenha sido contemplado com três inserções importantes naquela página – pelo que o Pará agradece muito - é visível o estado de inanição a que lá é submetido o inline radical. Praticamente não há registro de eventos nacionais, nem poderia haver porque os eventos que ocorrem são propriedades particulares e aleatórias, não há calendários, os responsáveis não aparecem como tais.

A ESPN[2] é outro por exemplo, uma gigante do entretenimento desportivo, até onde sei é dona do X-Games, importante competição de esportes radicais que nem incluiu a patinação aggressive in line nos anos 2006/7/8.

Outro ramo do entretenimento que de alguma forma vai ditando rumos ao aggressive inline é a indústria e comércio de produtos desportivos, roupas, equipamentos de segurança, peças e patins, construtores de pistas. Com suas páginas na Internet, seus vídeos, seu apoio aparentemente caótico a eventos e atletas ao sabor de interesses pessoais, essas empresas vão influenciando comportamentos e moldando mentes dos praticantes.

Via de regra, aggressive inliners acreditam piamente em algo como um inline life style, proposto por uma mídia que nem boa vendedora é, e buscam se comportar de acordo com o sentido difuso que cada um percebe naquela crença. Também aqui é preciso frisar que isso ocorre em outros esportes, não é especificidade do agg inline. Porém, o fato de o aggressive inline não ter representação institucional faz com que os atletas fiquem desarmados, à mercê de dirigentes que talvez até entendam muito do esporte-consumo e de como ganhar dinheiro com ele, mas não estão lá muito preocupados com as conseqüências da organização vil. A massa dos patinadores e patinadoras nesse processo exerce o importante papel de reprodutores por um lado e de meros consumidores por outro. Nenhum dos dois papéis, me parece, vai ao encontro dos interesses dos patinadores e patinadoras deste mundão de deus.

Não tenho dúvidas de que há praticantes em todos os estados brasileiros, mas não são vistos nem conhecidos porque o modo atual de identificação dos campeões é feudo de alguns focos de comércio de produtos e/ou de serviços midiáticos.

Muitos inliners aceitam tal estado de coisas com tranqüilidade e até acham que é o único jeito de conduzir o esporte, mas têm a desagradável surpresa de verem-se desguarnecidos quando decidem pedir apoio, pois não possuem uma entidade de prática ou de administração para assinar e se responsabilizar pelos projetos. Pior, ainda, não possuem um rol de competições a que possam se referir, ficando seus pedidos meio soltos, como se os eventos a que pretendem apoio tivessem surgido do nada.

Além disso, sem terem qualquer ingerência nos negócios das empresas hoje dominantes no esporte, os praticantes ficam a ver navios e sem ter a quem recorrer quando o proprietário do X-Games, por exemplo, resolve simplesmente eliminar as provas de patinação.

Então, concluindo minha fala de hoje, há organização de um tipo meio equisito e há quem dirija o aggressive inline, mas os entes que determinam essa direção e organização dificilmente colocam os interesses dos inliners antes dos seus próprios interesses lucrativos, naturalmente. Há também, uma ideologia peseudo-underground que ajuda sustentar a farsa do life style. A patinação aggressive inline pode até ser promovida e estimulada por tais entes, mas o produto final atende apenas o objetivo de lucro material deles mesmos. É preciso, portanto, reagir e rápido.
[1] A AAGIL participou do evento a convite oficial da ASABR, tendo o atleta Emerson “Chorão” viajado Para São Paulo com apoio da SEEL – Secretaria Executiva de Esporte e Lazer do Governo do Pará, órgão que também apoiou o campeonatos de 2006 e, agora com o nome de SEEL – Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, apoiou o campeonato de 2007.
[2] "A ESPN, integrante da The Walt Disney Company, é a maior e mais completa empresa de multimídia e entretenimento esportivo, com canais de TV por assinatura, rádio, internet e outras plataformas.
No Brasil, desde a década de 1990..." Fonte: Página WEB da ESPN http://www5.vagas.com.br/PagEmpr.asp?e=espn5758 consultada em 170109 às 00h39min (horário de Belém - PA)

03 março 2008

Memória da participação do Chorão no ProRad

Devido ao interesse despertado pela transferfência do atleta Emerson "Chorão" para São Paulo, transcrevo relato burocrático que ele fez à SEEL quando voltou do ProRad.

Relato de minha participação em São Paulo Capital, nos dias 05 e 06.05.06, de competição de Patinação Vertical Aggressive In line trasmitida pela Rede Globo de Televisão e Sport TV com apoio, entre outras, da Secretaria Executiva do Esporte e Lazer, que me forneceu passagens rodoviárias de ida e volta.

Saí de Belém em 29.04.06 às 10 horas e retornei em 09.05.06 por volta das 9 horas da noite, tendo a viagem ocorrido sem incidentes, exceto pelo atraso no retorno.

Na cidade de São Paulo contei com o inestimável apoio da Srta. Juliana Costa, jupunk@gmail.com, fone 011 - 9207-5002, uma das pessoas que trabalhou na organização do certame e que, sabedora da atuação da AAGIL na organização da modalidade no Pará e da minha posição no ranking, convidou a entidade a me inscrever no evento. Seu trabalho incluiu meu transporte da Rodoviária do Tietê para acomodação em seu apartamento, depois para o apartamento do Sr. Aranha, outro organizador e, finalmente, no dia três, fui transferido para o alojamento do Ibirapuera, onde foram realizadas as competições.

Nos dois dias que antecederam as eliminatória efetuei alguns treinamentos de ambientação em half da Capital paulista, com dimensões semelhantes às do half do Pro Rad. O half do ProRad possuía aproximadamente quatro metros de altura e uns 16 de largura, o que supera em muito o half em que faço meus treinamentos na Academia Cambará, que tem três metros de altura e 6 de largura.

Como se trata de esporte ainda em fase de organização, as pistas não são totalmente padronizadas, havendo boa diferença entre as dimensões da pista de treinamento em Belém e a da competição em São Paulo. Todavia, isto não me causou surpresa ou desânimo. Ao contrário, me senti diante de um desafio a altura das minhas expectativas, literalmente.

Dentre os vinte competidores que concorreram nas eliminatórias no dia cinco, conforme estava previsto, apenas seis foram classificados para as finais do dia seis. A competição se constituiu, tanto nas eliminatórias como nas finais, de duas voltas individuais por atleta, com duração de 50 segundos, e pontuação que aglutinava criatividade, consistência, grau de dificuldade das manobras e a linha seguida pelo atleta no aproveitamento da área de rolamento.

Infelizmente, fiquei colocado em 18º lugar nas eliminatórias de sorte que não pude concorrer nas finais.

Apresentei-me durante a competição com adesivos contendo a logomarca do Governo do Pará nas laterais do capacete e da SEEL na frente. Tais adesivos foram elaborados pela própria AAGIL, uma vez que não se encontram disponíveis no mercado.

Na camiseta usei a logomarca oficial da Academia de Capoeira Cambará, que me apoiou com diárias juntamente com a empresa Mecatrônica. Esta última não me forneceu sua logomarca para exposição. No estádio, no início de minhas duas voltas, foram anunciados todos os nomes daqueles apoiadores.

Acredito que minha participação atingiu os objetivo de vivenciar competição de alta performance, com repercussão nacional, estimulando muitos jovens paraenses a se dedicarem aos treinamentos e até se agregarem em torno da causa da organização desportiva da modalidade em nosso Estado. Por outro lado, conforme orientação da AAGIL, procurei expor a marca de meus patrocinadores, inclusive com informações à imprensa quando solicitado.

Permito-me acrescentar, finalmente, pelo que vi, que o Estado do Pará possui atletas capazes de atingir excelentes resultados em competições nacionais da modalidade, inclusive no estilo street, Deve-se, porém, intensificar o incentivo a participação e formação de jovens atletas de acordo com nova mentalidade, o seja, a da prática desportiva como tal e não apenas como entretenimento ou lazer. Pelo meu lado pessoal, embora venha me dedicando seriamente, procurarei me dedicar mais ainda aos treinamentos.

Original assinado por Emerson Fernandes Reis

01 março 2008

Atleta Emerson "Chorão" foi embora para são Paulo

Este fato continuará ocorrendo até que tenhamos competência para criar condições de crescimento aos valores humanos de nossa terra.



Chorão voando no Half daCambará/AAGIL em 2006


Esta é a terceira vez que o Chorão vai para São Paulo. A primeira vez, em 2006, ele foi representar a patinação do Pará no ProRad. Era o Rei do half, desbancou até o Jean – outro grande no vertical -, e viajou com apoio, entre outros, do Governo do Estado do Pará através da SEEL – Secretaria Executiva de Esporte e Lazer. Foi uma peleja jamais pelejada por qualquer outro patinador paraense. Competiu com alguns dos maiores do Brasil e do mundo. Deu entrevistas, passou um frio danado, andou junto, sentiu e viu no half, cara a cara, os vôos dos irmãos Yassutoko.

A segunda vez, em 2007, ele já foi para ficar mesmo. Até arranjou trabalho por lá. Mas bateu a saudade, a ilusão de morar em harmonia com a família, o campeonato paraense de patinação radical da AAGIL, tudo isso fê-lo voltar para Belém. Além disso, ele me disse que em SP ele trabalhava tão de madrugada numa pastelaria, levantava tão cedo que dormia até em pé ou descascando sacos e mais sacos de batatinhas.

Agora ele foi de novo para lá. Disse que não pretende voltar para Belém a não ser a passeio, que pretende se fazer por lá. Não que ele não goste daqui ou que esteja magoado com nosso povo, não. Ele quer ficar lá porque gostou de São Paulo, acha que lá há mais chance de se empregar, ganhar algum dinheiro, treinar in line.


Ele morou na minha casa -foto- como parte da minha família, durante seis meses de 2007. Imaginem o privilégio meu. Além do Campeão Paraense de Street,o Hugo “Taichi”, que é meu filho, eu podia conversar diariamente como o Campeão Paraense de Vertical, o “Chorão”. Foi muito legal, principalmente porque o Chorão faz de tudo para parecer bonzinho. Mas ele esse esforçava tanto que às vezes eu até pedia para ele me deixar em paz, que eu não precisava de ajuda nenhuma. Mas esse é o jeito dele hoje. E querer ser um cara humilde, legal, honesto, útil é uma coisa boa, todo mundo deveria tentar.

Pois é, mas agora ele foi embora mesmo. Pegou um ônibus dia 28.02.08 às10 horas e rumou para São Paulo, vai trabalhar por lá.

A maioria dos patinadores não atina com a importância dessa ausência, a ausência de um pioneiro. Foi ele quem saiu por aí arrebanhando gente para a criação da AAGIL. Ele ficava enchendo o saco da galera, pedindo para ir na reunião, que a gente precisava se unir, etc. Corre um boato de que até para as gatinhas com quem ele conversava ele falava da AAGIL e convidava para participar. Aliás, a sigla “AAGIL” foi inventada por ele mesmo. E há os incontáveis molequinhos que ele queria ajudar à minha custa, botando para andar de graça na minha Academia Cambará. Essas crianças, afinal de contas, é que serviram de base para a proposta de implantação de pólo de projeto do Governo do Pará que, se for aprovado, permitirá a manutenção da sede social da AAGIL com seu half, mini rampa, etc.

Sem contar que ele vivia no meu pé, pedindo para eu fazer cartinhas para imprensa, prefeitura, indústria e comércio pedindo apoio. Teve o descaramento de entregar uma carta dessas à empresa REVEMAR Motos, onde instalou cabos de rede. Digo descaramento porque o pedido era de doação de R$26.150,00. Ora, nem eu teria coragem de entregar um pedido desses para alguém. O mesmo pedido ele ficou de entregar para a SOL Informática, mas não sei se o fez.

Enfim, não se importava de passar vexame quando o assunto era ajudar a patinação. Sei que há pessoas honradas e tão valorosas quanto ele na AAGIL, mas ele fará falta aqui. A realidade, porém, se impõe e só me resta desejar-lhe muito boa sorte meu amigo Emerson “Chorão”.
E lembre-se, como disse uma amiga minha quando vim para Belém: “ - seja você mesmo”. Não precisa ser mais do que isso.